CLUBE DA LUTA e o niilismo e a mentalidade REVOLUCIONÁRIA

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Após 22 anos do seu lançamento, muito já foi dito sobre o filme Clube da Luta, de David Fincher, baseado no livro homônimo de Chuck Palaniuhk. Ele continua relevante? Será que ainda há algo a ser falado sobre ele que se encaixe nos dias de hoje? Clube da Luta convida a algumas reflexões interessantes especialmente nos confusos dias em que estamos vivendo, onde vemos pessoas que se dizem democráticas e liberais – ou conservadores e libertários – apoiando ideias e iniciativas que vão contra aquilo que dizem crer. Clube da Luta foi lançado em outubro de 1999, mesmo ano do primeiro Matrix – sendo que esse último trouxe muita simbologia e psicologia para dentro do universo dos filmes de ação. O filme conta a história de um tal de Jack, que é um indivíduo que tem um colapso nervoso que o leva a um quadro dissociativo, onde a direção de D. Fincher dá a entender que isso é ocasionado pela pressão que o capitalismo exerce sobre Jack. “Temos trabalhos que odiamos para comprar coisas de que não precisamos.” Essa é a parte fácil que o enredo do filme entrega: identificar o inimigo, sendo que o capitalismo está sempre à mão como vilão e é muito bom para se bater com qualquer coisa. O capitalismo seria o culpado por ter deixado a vida de Jack vazia e tornado tudo muito fácil e sem sentido.