SEM TER MUITO O QUE DIZER...

3 years ago
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De repente, alguém que nunca foi próximo de mim, me deixa como se fosse um grande amigo. E eu choro. Como todo grande egoísta, choro mais por mim mesmo quando perco alguém que sinto como se fosse meu grande amigo, como se fosse meu pai e minha mãe quando se foram, porque os queria aqui ainda, podendo a ter quem recorrer em determinados instantes, quando fosse necessário. Já aconteceu isso uma vez, há muito tempo atrás. Hoje se repete o mesmo sentimento. De perda. De desemparo. Mas assim é a vida, dizem. Faz parte do jogo. Vir pra cá, fazer parte de um jogo que, muitas vezes, a gente nem sabe jogar, vai aprendendo na marra e, depois, sem perder ou ganhar, porque não é isso que importa, a gente vai embora. O importante é ter jogado com os outros, ter deixado sua marca. O resto é o resto. Os que ficam continuam a jogar, vão em frente, porque o show não pode parar. Não é competição. Apenas faz parte. Eu sei! Mesmo assim eu choro. Levou cartão vermelho no melhor da partida. A gente então olha o outro indo embora e acena. Dá um tchauzinho! Como que dizendo: até a próxima vez, o próximo jogo, valeu e muito a tua companhia como jogador. Tá saindo de cena um jogador em tanto. E ele entra no túnel para o vestiário. O jogo prossegue. Mas eu choro, porque perdi um parceiro deste jogo chamado Vida.

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