Sofocine: Filosofia e Cinema − A morte como regra em A COMILANÇA (Parte 1)

2 years ago
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INDICAÇÕES DE LEITURA:

1) As mais belas questões da filosofia no cinema, Ollivier Pourriol.

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2) O cinema pensa: uma introdução à filosofia através dos filmes, Julio Cabrera.

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3) O mal-estar da pós-modernidade, Zygmunt Bauman.

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4) Scifi=Scifilo: A filosofia explicada pelos filmes de ficção científica, Mark Rowlands.

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5) Filosofando no cinema: 25 filmes para entender o desejo, Ollivier Pourriol.

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6) Compreender o cinema, Antonio Costa.

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O cineasta italiano Marco Ferreri nasceu a 11 de maio de 1928, em Milão. Estudou Medicina Veterinária na Universidade local, não tendo chegado a concluir o curso devido ao seu interesse pela Sétima Arte. Começou por dirigir alguns anúncios publicitários e esteve envolvido nas filmagens de Cronaca di un amore (1950) de Michelangelo Antonioni. Em 1951 fundou, em parceria com Riccardo Ghione, uma revista sobre cinema intitulada Documento Mensile que contou com colaboradores célebres como Alberto Moravia, Luchino Visconti e Vittorio de Sica. Até 1958, dedicar-se-á à revista, articulando-a com a produção de filmes de baixo orçamento. A sua estreia como realizador deu-se em Espanha, onde filmou El pisito (1959). Até 1968, muitos dos filmes de Ferreri foram afetados pela censura. Entre eles contou-se Una storia moderna (1963) protagonizado por Ugo Tognazzi no papel de um solteirão de meia-idade que se casa com uma jovem rapariga (Marina Vlady) que nutre apetites sexuais vorazes e deseja engravidar. Pelo meio, rodou um documentário: Corrida! (1966), sobre o mundo das touradas e a sua importância na cultura tradicional espanhola, apresentando-o sob a dupla faceta de desporto e ritual e contando com a participação de figuras lendárias da tauromaquia da época como El Cordobés, Manolete e Dominguin. Contudo, o seu primeiro sucesso de bilheteira interno foi o filme de ação Dillinger é morto (1969). Ferreri procurou então impor aos seus filmes uma forte carga filosófica, conseguindo-o admiravelmente em Liza ("Liza, a submissa", 1972) uma sátira protagonizada por Catherine Deneuve e Marcello Mastroianni em que este interpreta um homem desiludido com o seu casamento e farto da sociedade de consumo que decide instalar-se numa ilha deserta com o seu cão. A essa ilha chegará uma jovem burguesa (Deneuve), que foge de um cruzeiro e decide matar o cão do seu anfitrião para se tornar elemento indispensável na sua vida. Mas o filme que lhe trouxe reconhecimento internacional foi La Grande Bouffe ("A comilança", 1973). Com um sólido elenco liderado por Tognazzi, Mastroianni, Michel Piccoli e Philippe Noiret, a história baseia-se em quatro amigos ricos de meia-idade que se encerram numa mansão e juntos fazem um pacto de suicídio, envolvendo-se numa orgia desenfreada de sexo e comida até à morte. Apesar de ter feito uma crítica acérrima e escandalosa a uma sociedade de consumo que valoriza a gula, o filme foi um sucesso internacional, apesar de em Portugal só ter sido exibido após o 25 de abril. Ferreri gostava de explorar a polémica: em La dernière femme ("A última mulher", 1975) filmou uma cena de autocastração de um engenheiro (interpretado por Gérard Depardieu) quando falha nas suas relações emocionais com a esposa, a amante e o filho. Em Ciao maschio (1978), contou a história de um iluminador teatral francês (Depardieu) que se suicida por não conseguir enfrentar a gravidez da sua namorada e a morte do seu macaco de estimação. Voltou a trabalhar com Mastroianni em Storia di Piera ("A história de Piera", 1983). O seu último filme foi Nitrato d'argento (1996). Morreu em Paris, vítima de enfarte, a 9 de maio de 1997.

Em que pensam os filmes? O que eles nos levam a pensar? O que têm a nos ensinar, além de seu poder de entretenimento? O que têm a dizer a quem busca pensar? Sofocine é um canal de reflexão filosófica sobre o cinema no qual são analisados, sobretudo, filmes que se propõem estimular nosso pensamento e senso crítico.

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Texto: Ely Azeredo

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