A Arte e o Século XX − A pintura existencial de ANSELM KIEFER
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3) Etapas da arte contemporânea, Ferreira Gullar.
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4) A grande feira: uma reação ao vale-tudo na arte contemporânea, Luciano Trigo.
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6) O que é arte contemporânea, Jacky Klein.
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7) Isso é arte?: 150 anos de arte moderna do impressionismo até hoje, Will Gompertz.
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Neste vídeo é analisada a pintura do artista alemão contemporâneo ANSELM KIEFER.
ANSELM KIEFER nasceu em 1945, menos de dois meses antes do suicídio de Adolf Hitler. Como artista, Kiefer está envolvido num profundo diálogo com a sua herança. Os seus trabalhos exploram a interseção da recente história alemã e as experiências individuais do artista. Os mitos e realidades da recente história nazi vêm ao encontro da iconografia pessoal, em trabalhos de grande emotividade que esborratam a linha entre o simbólico e o real.
A catástrofe nazi é o seu tema obsessivo. A perversão de Hitler da nação e cultura alemãs é a sombra oculta que por vezes apenas se esconde no fundo da arte de Kiefer, mas na maior parte das vezes escurece toda a superfície. Sombria, acusadora, escarnecedora, enigmática - a visão de Kiefer sobre a vida, a religião, a ideologia, a identidade nacional e a história foi reduzida a carvão pelas chamas do Holocausto. Muitas das suas pinturas mais recentes parecem ter sido trabalhadas, como acabamento, com um maçarico. Uma das suas técnicas favoritas é derramar chumbo líquido, de maneira a formar uma bolha, na tela já de si feita em cinzas, aumentando a sugestão da incineração.
Nos seus trabalhos, por exemplo, aparecem frequentemente imagens de banheiras de zinco com funções diversas: por vezes como um crisol de sangue, por vezes como representação do canal de Inglaterra (e a tentativa falhada dos alemães para o atravessar na Segunda Guerra Mundial). Num outro trabalho Kiefer usa uma fotografia de uma banheira aparentemente cheia de uma água calma e transparente em cuja superfície o próprio artista aparece fazendo a saudação nazi. A ironia desta alusão é compreensível se soubermos que na décadas de 1930 e 1940 o Partido Nazi distribuiu este tipo de banheiras a todos os alemães para "assegurar as condições mínimas de higiene"; ou que uma anedota corrente durante o período nazi era a de que Hitler andava sobre a água porque não sabia nadar. Mas este conhecimento não é necessário para que o observador seja atingido pela força mordaz da utilização que Kiefer faz desta imagem da banheira.
A qualidade emotiva do seu trabalho deriva das texturas únicas das suas pinturas; ele aplica a tinta densamente, cobrindo, depois, as telas com materiais orgânicos como terra, areia, palha, sementes e cabelo. Estas incrustações densas fecham o espaço entre a tela e o observador, e a experiência visual transforma-se em algo íntimo.
Durante a década de 1980 os temas de Kiefer alargaram-se de uma focagem no papel desempenhado pela Alemanha na civilização para o destino da arte e cultura em geral. O seu trabalho tornou-se mais escultural e envolve não só a identidade nacional e a memória coletiva, mas também o simbolismo oculto, teologia e misticismo. O tema que decorre em todo o seu trabalho é o trauma experienciado por sociedades inteiras, e o seu incessante renascimento na vida.
Os seus trabalhos mais recentes incluem escultura como, por exemplo, aviões de caça construídos em placas de chumbo, e instalações.
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O objetivo do canal A ARTE E O SÉCULO XX é apresentar e explicar os principais movimentos artísticos ocorridos ao longo do século passado assim como a contribuição específica, dentro deles, de seus mais destacados representantes (pintores, escultores, artistas gráficos, etc.).
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Meu nome é JORGE LUCIO DE CAMPOS. Sou ensaísta, poeta e professor de Filosofia e Artes da UERJ. Possuo ainda os seguintes canais no YouTube: 1) Poesia que pensa; 2) Rock Progressivo e Experiência Estética; 3) Rock Psicodélico e Experiência Underground; 4) Sofocine: Filosofia e Cinema; 5) A Máquina do Poema; e 6) Theatrum Philosophicum: Filosofia e YouTube.
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