A Arte e o Século XX − PAUL CÉZANNE e a pintura da sensação

2 years ago
30

INDICAÇÕES DE LEITURA:

1) Breve história da Arte: um guia de bolso para os principais gêneros, obras, temas e técnicas, Susie Hodge.

ONDE ENCONTRAR: https://amzn.to/3H7YJzs

2) Do moderno ao contemporâneo, Katia Canton.

ONDE ENCONTRAR: https://amzn.to/3H4xm9F

3) Etapas da arte contemporânea, Ferreira Gullar.

ONDE ENCONTRAR: https://amzn.to/3JzzYOe

4) A grande feira: uma reação ao vale-tudo na arte contemporânea, Luciano Trigo.

ONDE ENCONTRAR: https://amzn.to/3s2FvXD

5) A Crítica de arte: como entender o contemporâneo, Terry Barrett.

ONDE ENCONTRAR: https://amzn.to/3sVTyNY

6) O que é arte contemporânea, Jacky Klein.

ONDE ENCONTRAR: https://amzn.to/3v0Ks58

7) Isso é arte?: 150 anos de arte moderna do impressionismo até hoje, Will Gompertz.

ONDE ENCONTRAR: https://amzn.to/3v1oGON

8) O modernismo, Affonso Avila.

ONDE ENCONTRAR: https://amzn.to/3vaqoxc

OBS. Ao adquirir qualquer um destes livros a partir dos links acima, você estará ajudando canal. Muito obrigado!

***

Neste vídeo é apresentada a obra do pintor pós-impressionista francês PAUL CÉZANNE, uma das principais referências da arte moderna.

PAUL CÉZANNE nasceu em Aix-en-Provence em 19 de janeiro de 1839 e morreu na mesma cidade em 22 de outubro de 1906. Em 1852 ingressou no Collège Bourbon, de Aix, onde se tornou amigo íntimo de Émile Zola, que teve grande influência em sua formação literária. Estudou desenho na Academia de Desenho de Aix entre 1846 e 1848.

Embora contrário à vocação artística do filho, seu pai, banqueiro em Aix, permite-lhe afinal estudar pintura em Paris, em 1861. CÉZANNE candidata-se à Escola de Belas Artes, mas é recusado e volta à sua cidade. Retornará a Paris, contudo, matriculando-se no Ateliê Libre Suisse, onde conhece Pissarro, Monet, Sisley e Renoir.

Nessa época, ele tem grande admiração por Delacroix e Courbet. Pinta uma série de obras de inspiração romântica. Insatisfeito com o tumulto da cidade e com sua pintura, volta a Aix para trabalhar no banco do pai. De 1864 a 1870 divide o tempo entre Aix e Paris, fazendo uma pintura empastada, por vezes com espátula, de técnica quase brutal e, frequentemente influenciada por Veronese e Delacroix, pela composição barroca, numa movimentação desordenada que é o inverso de sua obra posterior, contrária aos temas grandiloquentes.

Após uma estada em Aix, em 1873 vai a Auvers-sur-Oise, onde se acha Pissarro, que o encaminha para a pintura ao ar livre do Impressionismo. Inicia-se então a verdadeira carreira do artista. A primeira obra-prima da fase é A casa do enforcado (1873), seguida de uma série admirável de naturezas-mortas, tema que, pela simplicidade de motivos, será uma constante em sua obra.

De 1874 a 1877, CÉZANNE participou das exposições impressionistas, mas sua real ambição era ser aceito no famoso Salão anual, em que a crítica especializada reunia aqueles que ela considerava como os principais artistas. Ele era, contudo, sistematicamente rejeitado. Diante da hostilidade do público, da crítica e mesmo de alguns de seus colegas impressionistas, volta a Aix, indo raramente a Paris. Em 1886, rompe com Zola por sentir-se retratado no romance A obra, no personagem de um pintor fracassado.

CÉZANNE passa a preferir o isolamento, pintando em lugares como Medan, La Roche Guyon e Gardanne, onde sua obra atinge a maturidade, ao incorporar a experiência impressionista à conclusão de que a pintura é produto de uma reconstrução da natureza feita através de um raciocínio lógico. Depois que os pais morrem, instala-se, em 1898, numa pequena casa de Aix, onde vive solitário com uma velha governanta. Sua arte atinge o auge da depuração nas paisagens de, por exemplo, O grande pinheiro, que pode ser admirada na coleção permanente do Museu de Arte de São Paulo - MASP.

Dedica-se, então, a reconstruir a arte dos grandes classicistas, modulando a cor em curtas pinceladas para dar a impressão do volume. Seria reconhecido pela crítica, por seus contemporâneos e pela posteridade por sua capacidade de executar uma arte que é, antes de tudo, "coisa mental", fundada em valores despidos de ornamentalismos, ao mesmo tempo que expressa o desenho e a construção rigorosa. Ele é o verdadeiro fundador da arte moderna.

***

O objetivo do canal A ARTE E O SÉCULO XX é apresentar e explicar os principais movimentos artísticos ocorridos ao longo do século passado assim como a contribuição específica, dentro deles, de seus mais destacados representantes (pintores, escultores, artistas gráficos, etc.).

***

Meu nome é JORGE LUCIO DE CAMPOS. Sou ensaísta, poeta e professor de Filosofia e Artes da UERJ. Possuo ainda os seguintes canais no YouTube: 1) Poesia que pensa; 2) Rock Progressivo e Experiência Estética; 3) Rock Psicodélico e Experiência Underground; 4) Sofocine: Filosofia e Cinema; 5) A Máquina do Poema; e 6) Theatrum Philosophicum: Filosofia e YouTube.

Loading comments...