Canto do Coleiro Tuí Tuí Puro

3 years ago
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Coleirinho
O coleirinho é uma ave passeriforme da família Thraupidae, cujo nome científico é Sporophila caerulescens.
Também conhecido como coleiro, coleiro-zel-zel, coleirinha, papa-capim, papa-capim-de-coleira, papa-arroz, gola de cruz (Bahia) ou coleiro-tuí-tuí, papa-mineiro (Paraíba) e gola (Ceará). É a espécie mais popular do grupo dos papa-capins, sendo também a mais abundante na maioria dos locais onde ocorre.
Como todos os outros membros do gênero Sporophila, pode ser chamado de “papa-capim” acompanhado de algum outro adjetivo.

PRCIPAIS AMEAÇAS:

Captura indiscriminada por apreciadores de pássaros canoros e tráfico de animais.

Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) sporos = semente; e philos = que gosta, amigo; e do (latim) caerulescens = azulado. ⇒ Ave azulada que gosta de sementes. [FRISCH, 338]

Características
Mede 12 cm e pesa aproximadamente 10,5 g. O macho, com seu inconfundível colar branco e negro recebeu essa denominação. Além do colar, ao lado da garganta negra um “bigode” branco define a área sob o bico amarelado ou levemente cinza-esverdeado. Existem machos com peito branco e outros com peito amarelo (ambos pertencem à forma nominal, sendo a forma de peito amarelo apenas um morph ou variação).

A fêmea é toda parda, mais escura nas costas. Sob luz excepcional, é possível ver que ela também possui o esboço do desenho da garganta do macho. Os machos juvenis saem do ninho com a plumagem idêntica à da fêmea. As fêmeas não são canoras.

Subespécies
Possui três subespécies:

Sporophila caerulescens caerulescens (Vieillot, 1823) - A forma descrita acima. Ocorre da Bolívia até o Paraguai, Uruguai e Argentina; sudeste, centro-oeste e sul do Brasil.
Sporophila caerulescens hellmayri (Wolters 1939) - Muito parecido com a forma nominal, só que é, do píleo à nuca, incluindo os lados da cabeça, totalmente de um negro brilhante. Observe que, na forma nominal, o negro não se estende até a nuca ou nos lados da cabeça, transformando-se, gradualmente, em cinza. Ao contrário do que muitos pensam, a forma que tem a barriga amarela não é esta subespécie, mas, sim, apenas um morph da forma original. Ocorre no sul da Bahia e Espírito Santo.
Sporophila caerulescens yungae (Gyldenstolpe, 1941) - Muito parecido com a forma nominal, só que tem menos negro na cabeça, que é, quase toda, cinza. Ocorre no norte da Bolívia, na região de La Paz, Cochabamba e Beni;
O que é leucismo?

O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.

O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.

O oposto do leucismo é o melanismo.

Alimentação
Congrega-se nos capinzais soltando grãos e usa o bico forte para quebrar as sementes. O nome papa-arroz vem do hábito de também usar plantações de arroz como fonte de alimentação. Além do arroz, adaptou-se às várias gramíneas trazidas da África e acompanhou a expansão da pecuária nas áreas anteriormente florestadas. Aprecia os frutos do Tapiá ou Tanheiro (Alchornea glandulosa). Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.

Reprodução
No período reprodutivo (outubro a fevereiro), o casal afasta-se do grupo e estabelece seu território. No início, o ninho é construído pelo macho e todas as demais tarefas correspondem à fêmea, ficando o macho com a atribuição de cantar para afastar outros coleiros da área. Apesar de viver nas áreas abertas, procura árvores da borda das matas nos horários quentes do dia e nidifica em árvores e arbustos do contato mata/campo aberto. O ninho, feito à base de gramíneas, raízes e outras fibras vegetais, é construído em forma de tigela rasa sobre arbustos a poucos metros do solo. A fêmea põe geralmente 2 ovos, que são incubados por cerca de duas semanas ou menos; cada fêmea choca 3 ou 4 vezes por ano. Os filhotes abandonam o ninho após 13 dias de vida e, com 35 dias, já estão aptos a comerem sozinhos, atingindo a maturidade sexual logo no primeiro ano de vida. Podem viver em média de 10 a 12 anos.

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