Canto do Pica Pau de Cabeça Amarela

2 years ago
5

Pica-pau-de-cabeça-amarela
O pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens) é uma ave da ordem dos Piciformes, da família Picidae.
Também conhecida como cabeça-de-velho, joão-velho, pica-pau-amarelo, pica-pau-loiro, pica-pau-velho e pica-pau-cabeça-de-fogo. Destaca-se pelo vistoso topete amarelo que dá origem à maior parte de seus nomes populares.

Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) keleus = pica-pau verde; e do (latim) flavus, flavescens = amarelo, que vem do ouro, dourado. ⇒ Pica-pau com crista amarela - (Latham, 1782).

Características
Mede entre 27 e 30 centímetros de comprimento e pesa entre 110 e 165 gramas.
Cabeça e face amarelos, com proeminente topete da mesma cor; macho com faixa malar vermelha. Partes superiores pretas, barradas de branco e partes inferiores uniformemente pretas.

Subespécies
Possui duas subespécies reconhecidas:

Celeus flavescens flavescens (Gmelin, 1788) - ocorre do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul, Paraguai e Argentina. Esta subespécie é escura, apresentando coloração preta no ventre e asas (Gorman, 2014).
Celeus flavescens intercedens (Hellmayr, 1908) - ocorre do oeste da Bahia até Goiás e Minas Gerais. Esta subespécie é escura como a subespécie nominal porém mais amarronzada no ventre, frequentemente apresenta tons acastanhados nas asas (Gorman, 2014).

Alimentação
Alimenta-se de insetos, suas larvas e ovos, formigas e cupins nas árvores ou no solo e de uma grande variedade de frutas e bagas. Foi documentado tomando néctar de flores em duas espécies de plantas do dossel, Spirotheca passifloroides (Bombacaceae) e Schwartzia brasiliensis (Marcgraviaceae), em Mata Atlântica do sudeste do Brasil. Spirotheca passifloroides floresce por três meses no inverno, ao passo que S. brasiliensis floresce ao longo de dois meses no verão. As flores de ambas as espécies produzem néctar abundante e diluído. Visita várias flores por planta, tocando as anteras e os estigmas com a cabeça e o pescoço, assim agindo como polinizador (Rocca et al; 2006).

Reprodução
Constrói seu ninho em cavidades escavadas em formigueiros arborícolas e em árvores secas, onde põe 2 a 4 ovos brancos e brilhantes. O macho incuba e cuida dos filhotes também.

Hábitos
Vive na Mata Atlântica, matas mesófilas, matas secas, matas de araucária, matas de galeria, caatinga, cerrados, eucaliptais, parques e zonas rurais arborizadas. Encontrado geralmente em casais ou em grupos familiares de 3 a 4 indivíduos.

Vocalização: Frequência fortemente descendente e ressonante, com as sílabas bem pronunciadas e destacadas “(tzü tzü tzü tzü)” ( canto territorial ); “tttrrr” (raiva). Tamborila em seqüência rápida.

Distribuição Geográfica
Ocorre da margem setentrional do baixo Amazonas ao Rio Grande do Sul, Paraguai e Argentina (Misiones).

Loading comments...