Poesia "Sedução de Tamara" [Mikhail Lérmontov]

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3 years ago
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A base deste #poema é a idéia do desejo do demônio de reencarnar. Ele está insatisfeito com o fato de que ele é dado o destino de semear o mal. De repente, ele se apaixona por Georgiana Tamara - uma mulher terrena. Ele assim procura superar o castigo de Deus.

A imagem do demônio no poema Lermontov ( conhecido como o #poeta do Cáucaso ) é caracterizada por duas características principais. Este é o encanto celestial e o mistério sedutor. Antes deles não podem resistir à mulher terrena. Um demônio não é apenas uma invenção da imaginação. Na percepção de Tamara, ele se materializa em formas visíveis e tangíveis. Ele vem a ela em sonhos.

#Poesia "Seduçao de Tamara" [Mikhail Lérmontov]

Sim! Juro pela criação do mundo
e pelo seu débâcle derradeiro!

Eu juro pelo crime mais profundo
e pela redenção do globo inteiro!

Sim. Juro pela efémera vitória
e juro, meu amor, pelo primeiro
momento que vivemos, pela glória
dos sonhos deliciosos que sonhaste...
Ai, juro pela nossa ardente história.

Por teus negros cabelos, em contraste
com a brancura do teu rosto, eu juro
que mesmo se ordenares que me afaste
já reneguei o mal — e o meu futuro
não conterá desejos de vingança,
nem mais serei hipócrita ou perjuro!

Eu quero amar, ser puro como a criança,
quero abandonar o negro véu
dos ódios — crer de novo na esperança!

A lágrima que eu choro é o meu troféu
e o meu desejo, o meu desejo enorme
é dar-te a divindade, dar-te o céu!
Tamara, crê! Este amor que nunca dorme
é teu! Quero levar-te, doce amiga,
à eternidade, além do mundo informe!

Lá, não verás lisonjas nem intriga
e nem paixões humanas tão pequenas
que o tempo mata ou cobre de fadiga...
irás para o meu reino — onde subsiste
o meu poder! Serás meiga rainha
terás de tudo o que melhor existe!

Terás o meu amor, e toda a minha
legião de leves servas — minha corte
será tua — e não estarás sozinha.

A tua sorte, amiga, a tua sorte
não é na Terra, tola e pequenina!

Oh, vem comigo, sê minha consorte!

Eu tirarei da Estrela vespertina
os raios, para de emoção coroar-te.

Do orvalho da manhã numa bonina
farei as joias tuas... Da obra de arte
na púrpura do pôr-do-sol — um manto
eu te farei, querida. Quero dar-te
o azul do céu, o inesperado encanto
do mar — todo o Universo, todo o dom.
Adora-me! Pois eu te adoro tanto!

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