Quando o comunista JORGE AMADO tentou prejudicar a IRMÃ DULCE

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Jorge Amado é uma figura brasileira que dispensa comentários. Baiano, o famoso escritor é o autor de grandes sucessos literários, como “Gabriela, Cravo e Canela”, “Tieta do Agreste” e “Dona Flor e seus dois maridos”. É um dos escritores brasileiros mais bem sucedidos de todos os tempos, perdendo apenas para Paulo Coelho, tendo sido eleito, em 1961, para ocupar uma das cadeiras da Academia Brasileira de Letras. Sua extensa obra literária - 49 livros publicados - serviu de base para novelas, filmes e enredos de escola de samba, e certamente marcou profundamente a cultura brasileira no decorrer do século XX. Contudo, poucas pessoas sabem do histórico comunista de Jorge Amado. O escritor baiano foi filiado, durante muitos anos, ao PCB - Partido Comunista Brasileiro, - pelo qual se elegeu deputado federal, em 1945. Jorge Amado foi preso diversas vezes, nas ocasiões em que o comunismo foi declarado ilegal no Brasil - sendo que, em uma delas, ele foi acusado de fazer parte da “Intentona Comunista”, movimento organizado por Luís Carlos Prestes. Nas palavras do próprio Jorge Amado, “Meu último ídolo chama-se Stalin. Já não tenho ídolos – há tempos. Como ídolo, Stalin é o bastante”. Sim, o escritor baiano era um grande defensor do modelo comunista stalinista, e a chegada ao poder de Khrushchev na União Soviética foi o que fez Jorge Amado se desiludir com o Partido Comunista, do qual acabaria por se desfiliar.