A falida REPÚBLICA BRASILEIRA | QuintEssência

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No dia 15 de novembro, comemora-se, no Brasil, o dia da Proclamação da República. E se você acha que não temos nada para comemorar nesse dia - bem, você está certo. Mas, no fim das contas, trata-se de apenas mais um feriado no já extenso calendário de folgas remuneradas brasileiro. Contudo, nunca é demais refletirmos a respeito dela, a República, a mítica musa de Platão, completamente desfigurada por nossa sociedade contemporânea, entregue nas mãos das pessoas de mais baixo nível intelectual e moral da nossa convivência - os políticos, a aristocracia eleita de nosso tempo. Decorridos 132 anos do golpe militar que instituiu a República, talvez seja interessante nos perguntarmos: será que valeu mesmo a pena?

Já não é segredo para ninguém que a proclamação da República foi um golpe de estado - e um golpe militar, diga-se de passagem. Se hoje há quem reclama do fato de o atual presidente ser um capitão da reserva do exército, com um gabinete ministerial cheio de generais de alta patente, talvez seja interessante lembrar que a tão aclamada república brasileira teve como “proclamador” e primeiro presidente também um militar, o marechal Deodoro da Fonseca, que derrubou a monarquia em circunstâncias bastante estranhas e controversas.

Na verdade, Deodoro sequer era um republicano; ele era, isso sim, bastante fiel ao imperador, D. Pedro II, que, diga-se de passagem, teve um reinado bastante duradouro e marcante. O povo, em geral, também não nutria sentimentos republicanos; essas ideias não haviam ventilado muito bem por aqui, ainda. A população até gostava bastante do imperador, bem como de sua filha, a Princesa Isabel. Contudo, estado é estado; e é claro que os interesses de alguns prevaleceriam sobre todo o resto. Enxotada do Brasil, a Família Real se exilou na Europa, e o Brasil, enfim, pôde viver a beleza da liberdade democrática!

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