A CHINA está comprando a ARGENTINA | QuintEssência

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Parece que os chineses estão querendo mesmo investir pesado na América do Sul. Desta vez, o alvo é a Argentina, nosso vizinho hermano que sofre, atualmente, com altos índices de inflação e de miséria, sob a batuta do maestro Alberto Fernandez, o poste da Cristina Kirchner. A propósito, um dos vídeos mais vistos aqui no meu canal é justamente aquele em que eu falo a respeito da Argentina - vale a pena dar uma conferida, caso você ainda não o tenha visto. Os interesses chineses no país sul-americano não são nada modestos: ao que consta, trata-se de um massivo montante de 23,7 bilhões de dólares, a serem despejados na Argentina, no intuito de financiar obras de infraestrutura em diversos setores, como hidrelétricas, ferrovias, mineração, entre outros. Mas então, fica a pergunta: quais são os reais interesses chineses nessa história toda?

Os presidentes Alberto Fernandez, da Argentina, e Xi Jinping, da China, se encontraram, recentemente, dia 06 de fevereiro, numa tentativa de estreitar os laços entre os dois países e viabilizar os tais investimentos em infraestrutura, direcionados ao país latino-americano por meio da ação do governo chinês. Supostamente, o gigante chinês estaria interessado em “compartilhar oportunidades e negócios de desenvolvimento para ajudar a Argentina a expandir as exportações e modernizar a indústria…”, seja lá o que isso signifique. Embora este seja o início da parceria entre China e Argentina, o fato é que a nação comunista já vem investindo, há um bom tempo, em várias partes do mundo - naquilo que, hoje, já é conhecido como “a nova rota da seda”.

Se você se lembra ainda dos conteúdos aprendidos naquelas aulas enviesadas de História, na época da escola, você certamente deve se lembrar, também, da rota da seda original - um conjunto de caminhos e destinações, utilizadas há milênios por povos que habitavam a região atual da China, e que dominavam a arte de extrair os fios de seda e de comercializar esse produto com várias partes da Ásia e, posteriormente, da Europa. Portanto, a ideia de uma “nova rota da seda” faz alusão a esse passado, numa indicação de que novos caminhos, ligando a China ao resto do mundo, estão sendo abertos - desta vez, não para levar tecidos ao Ocidente, mas sim para irrigar diversos países com os recursos aparentemente inesgotáveis, oriundos do gigante chinês.

Esse longo processo de investimentos começou há quase 10 anos, em 2013, e de lá pra cá a China já despejou nada menos que 40 trilhões de dólares em inúmeros países ao redor do globo, em vários continentes, investindo, especialmente, na área de infraestrutura - algo que parece ser a especialidade da China, diga-se de passagem. É claro que essa montanha de dinheiro sendo despejada nos cofres de governos mundo afora deixa muita gente animadinha; e o próprio Banco Mundial já classifica a “nova rota da seda” como o maior programa de investimentos em infraestrutura do mundo! Parece uma grande empreitada, não é mesmo?

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