Qual é a do FILME do DANILO GENTILI? | QuintEssência

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Sabe-se lá por qual motivo inexplicável, recentemente foi acendida uma polêmica envolvendo um filme produzido pelo humorista Danilo Gentili, chamado “Como se tornar o pior aluno da escola”, lançado no longínquo ano de 2017, por supostamente promover uma prática criminosa envolvendo atos com pessoas menores de idade - você sabe do que eu estou falando. Na verdade, o certo seria dizer que a polêmica foi “reacendida”; mas eu já chego lá. Uma cena do filme foi responsável por toda essa confusão, e envolve outro humorista, o Fábio Porchat, e dois atores adolescentes - e certamente você já viu essa cena por aí, na internet. Do dia para a noite, o caso tomou uma enorme repercussão; e em paralelo com uma tentativa de cancelamento de Danilo Gentili, o Ministério da Justiça agiu censurando o filme nas plataformas de streaming. Mas então, fica a pergunta: isso tudo era mesmo necessário?

Bom, em primeiro lugar, vamos falar do filme em questão, e de seus valores artísticos - afinal, eu também gosto de abordar o tema “cultura” por aqui. Pois bem, o filme não é bom; e definitivamente não é o tipo de filme que eu curto. Comédias brasileiras não são o forte do nosso cinema, e salvo raríssimas exceções, elas deixam a desejar mesmo. A obra tem alguns pontos positivos, como a atuação dos dois atores adolescentes principais, que é bem honesta. O mesmo não se pode dizer da já citada dupla de humoristas, Gentili & Porchat, que como atores são bons… não sei, criadores de polêmica, eu acho.

Mas, até aí, nada de novo; como eu disse, comédias brasileiras de nível questionável não são novidade, e esse filme em questão consegue ser melhor que muita coisa do gênero produzida pela Globo Filmes, por exemplo - obras tão mal-escritas e absurdas que chegam a ofender a inteligência de quem as assiste. Contudo, como bem sabemos, não são as qualidades artísticas do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” - ou as ausências destas - que motivaram as atuais polêmicas. Aliás, como eu já falei em outro vídeo do meu canal, chamado “Todo mundo se desculpa por tudo”, ultimamente o debate artístico tem migrado velozmente dos critérios puramente artísticos para a pura e simples lacração. Contudo, as polêmicas com o filme em questão não começaram agora.

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