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#JustiçaPrivada #Esporte #Privatização

Onde a justiça precisa funcionar 100% é justamente onde ela é privatizada. Que justiça é essa? É a Justiça Desportiva. O mundo dos esportes é um mercado que movimenta bilhões de dólares anuais. É responsável por centenas de milhões de empregos diretos e indiretos. A cultura humana gravita em torno dos esportes. Num universo de tantas relações intrincadas, é evidente que haverá conflitos entre jogadores, treinadores, clubes, torneios e seleções. Como dar um veredito e aplicar uma penalidade de maneira rápida para as partes envolvidas antes mesmo das finais de um campeonato entre elas?

O mercado não pode esperar. O jogo será quarta-feira. O cliente é o consumidor final e estará nos estádios ou torcendo por seu time pela internet. Que tal deixar ao poder judiciário de qualquer país do mundo resolver civilmente as questões de doping e de infrações disciplinares dos atletas numa competição? É lógico que não vai dar certo. Nem mesmo na Suíça daria certo. Então os ordenamentos mundiais, sem dar muito o braço a torcer, tiveram que relativizar o monopólio de “dizer o direito”.

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