A ESQUERDA BRASILEIRA está acordando para a vida | QuintEssência

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É, meus amigos: parece que, finalmente, a esquerda está acordando pra vida e percebendo o óbvio do óbvio. Uma pesquisa, feita pela antropóloga Isabela Kalil, com o singelo nome de “Democracia Sitiada e Extremismo no Brasil: 18 meses de manifestações bolsonaristas”, demonstra que, ao que tudo indica, a esquerda brasileira finalmente percebeu que a eleição de Bolsonaro e as recentes manifestações de esquerda não são um ato coordenado, pensado por umas poucas mentes iluminadas, e sim que são algo espontâneo, cuja origem é muito maior que o próprio Bolsonaro.

Eu amo essas notícias, porque elas têm um “quê” de arrogância, de pedância intelectual. É como se essa gente de esquerda realmente se considerasse muito acima de nós, meros mortais, esse povo da direita, que não tem consciência crítico-social, que nunca leu um livro de História e que, principalmente, não tem qualquer tipo de empatia pelos pobres e pelos excluídos. Basicamente, podemos dividir a esquerda entre dois pecados: do lado dos socialistas, aqueles esquerdistas raiz, da foice e do martelo, temos o conhecido pecado da inveja; e do lado dos progressistas, aqueles que supostamente estão preocupados com tudo e com todos, temos a soberba, a arrogância, a sensação de ser superior, intelectual e moralmente, a tudo e a todos.

Isso, é claro, é uma baita de uma balela. Parte dessa turma, como nós bem sabemos, gosta apenas de encenar virtudes: aparecer publicamente falando que o capitalismo é ruim, que o Bolsonaro é genocida, que precisamos do estado regulando tudo, e etc. No fundo, eles não acreditam em nada dessa baboseira. Outros mais crédulos, porém, realmente acreditam estar na rota certa do pensamento, acreditam ser a nata do intelecto brasileiro e não aceitam, de maneira alguma, que a maioria da população do país pense de forma diferente. Afinal, esses indivíduos são grandes defensores da democracia - desde que a maioria concorde com seu pensamento.